
A cirurgia torácica é um procedimento complexo que requer um planejamento cuidadoso e uma avaliação pré-operatória rigorosa.
Esse processo é fundamental para garantir a segurança do paciente, reduzir riscos intra e pós-operatórios e otimizar os resultados clínicos.
O objetivo de fazer um bom pré-operatório é garantir a elegibilidade do paciente para a cirurgia, além de assegurar que todas as necessidades individuais da pessoa sejam atendidas.
Neste artigo, você vai entender o que envolve a avaliação pré-operatória em cirurgia torácica, quais são os exames mais solicitados e por que cada etapa é importante e tem um impacto direto no resultado do procedimento.
Qual a importância da avaliação pré-operatória em cirurgia torácica?
Antes de qualquer procedimento cirúrgico torácico, seja para o tratamento de câncer de pulmão, doenças do esôfago, malformações torácicas ou para outras condições, é fundamental conhecer o estado geral de saúde do paciente.
Por isso, logo na primeira consulta com o especialista, é solicitada uma avaliação pré-operatória completa, que permite identificar riscos clínicos e anestésicos, aperfeiçoar o preparo físico e funcional do paciente para a cirurgia, planejar a técnica cirúrgica mais segura e adequada e, claro, reduzir o risco de complicações, como insuficiência respiratória ou infecções.
De forma geral, essa avaliação pré-operatória envolve uma abordagem multidisciplinar, com a participação do cirurgião torácico, de um pneumologista, um cardiologista e até de outros profissionais.
A ideia é realizar uma análise abrangente da condição de saúde e do quadro geral do paciente. Por isso, uma consulta médica detalhada é feita logo no início do processo.
Neste encontro, o médico discute o histórico clínico do paciente, como, por exemplo, doenças pré-existentes (como hipertensão, diabetes, DPOC e cardiopatias), uso de medicações, histórico familiar, hábitos de vida (como o tabagismo e o consumo regular de bebidas alcoólicas), entre outros fatores.
O exame físico antes da cirurgia também é minucioso, com uma avaliação do estado geral, ausculta pulmonar e cardíaca, avaliação do estado nutricional e da capacidade funcional do indivíduo.
Um dos pontos mais importantes dessa preparação é a avaliação pulmonar. Para isso, o especialista pode solicitar exames como a espirometria, que mede a função respiratória, especialmente em pacientes com doenças pulmonares; o teste de difusão, que avalia a troca gasosa nos pulmões; e o teste cardiopulmonar de esforço.
A avaliação cardiovascular também é imprescindível, com a realização de eletrocardiograma, um exame obrigatório para a maioria dos pacientes, principalmente para aqueles com mais de 40 anos de idade; e o ecocardiograma.
Na lista dos exames laboratoriais, estão: hemograma completo, função renal e hepática, coagulograma e gasometria arterial.
Já entre os exames de imagens, o especialista pode solicitar a tomografia de tórax com contraste e a ultrassonografia abdominal e de outros órgãos.
Todos estes exames são indispensáveis para um bom planejamento cirúrgico, especialmente em casos de câncer.
Avaliação nutricional e suporte psicológico
Em algumas situações, os pacientes que são candidatos à cirurgia torácica também precisam de acompanhamento nutricional e psicológico.
O apoio do nutricionista é essencial em casos de pacientes desnutridos ou com sobrepeso, que têm um risco aumentado de complicações durante o procedimento.
A avaliação nutricional permite que o cirurgião conheça o estado nutricional do paciente antes da cirurgia e que ele oriente sobre as melhores práticas e dietas para um bom preparo pré-operatório.
Por outro lado, o suporte psicológico ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a adesão ao tratamento. Especialmente em casos de câncer de pulmão e outros tumores, a terapia contribui diretamente para que o paciente se mantenha confiante, motivado e tranquilo.
Intervenções pré-operatórias importantes
Algumas orientações são obrigatórias para o paciente no pré-operatório, como, por exemplo:
- Parar de fumar pelo menos 4 semanas antes da cirurgia;
- Iniciar precocemente a fisioterapia respiratória;
- Não consumir bebidas alcoólicas;
- Manter a carteira de vacinação em dia, principalmente contra a gripe e pneumococo, importantes no caso de cirurgias pulmonares.
Outro aspecto essencial dessa preparação para a cirurgia torácica é o planejamento anestésico e da internação.
Neste contexto, o anestesista precisa fazer uma avaliação específica para definir o melhor tipo de anestesia e os cuidados intraoperatórios para o paciente.
Já a equipe cirúrgica deve fornecer orientações sobre jejum, suspensão de medicações e preparo intestinal para cirurgias de esôfago, por exemplo.
Todas as etapas dessa avaliação pré-operatória são pilares fundamentais para o sucesso da cirurgia torácica e, por isso, não devem ser negligenciadas.
Fazer um pré-operatório de qualidade é o primeiro passo para uma cirurgia torácica segura e eficaz.
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Ao seguir um protocolo bem estruturado de pré-operatório, a equipe médica consegue individualizar o tratamento, antecipar riscos e garantir ao paciente mais tranquilidade e melhores resultados.
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