
Todo procedimento cirúrgico oferece riscos, principalmente quando as orientações pré-operatórias e pós-operatórias não são seguidas à risca.
No caso da cirurgia torácica, que consiste em procedimentos realizados em órgãos e estruturas que ficam alocados na caixa torácica, como pulmões, pleura, mediastino, esôfago, traqueia e timo, a prevenção de complicações está diretamente associada ao respeito do tempo de recuperação, à prática de exercícios respiratórios e à adoção de uma dieta equilibrada.
Além disso, recomenda-se a escolha de uma equipe médica multidisciplinar experiente e especializada, com a condução de um cirurgião torácico preparado para realizar cirurgias minimamente invasivas, que são mais seguras e garantem uma recuperação mais rápida.
Prevenção é palavra de ordem nos procedimentos cirúrgicos torácicos, e deve fazer parte da conduta médica desde o primeiro encontro com o paciente.
Abordar os riscos e benefícios da cirurgia, orientar corretamente e oferecer um atendimento pautado pela confiança e pela comunicação transparente são ações que os cirurgiões devem priorizar para que seja possível alcançar bons prognósticos em qualquer tipo de procedimento.
Evidentemente, existem riscos intraoperatórios nas cirurgias torácicas, inclusive nas abordagens minimamente invasivas. Contudo, estes riscos podem ser minimizados com um pré-operatório correto.
Neste artigo, você saberá como evitar complicações em cirurgias torácicas e obter um resultado satisfatório no procedimento. Boa leitura!
Quais são os riscos associados à cirurgia torácica?
Quando falamos em cirurgia torácica pulmonar, os principais riscos estão relacionados à pneumonia pós-operatória, insuficiência respiratória, tromboembolia pulmonar e hemorragia pós-operatória.
No entanto, a literatura médica das últimas décadas indica uma baixa taxa de mortalidade operatória nestes casos. Os bons prognósticos são resultados das novas abordagens minimamente invasivas, da melhoria no preparo dos pacientes e do avanço das técnicas de anestesia e suporte transoperatório.
Vale lembrar que os procedimentos torácicos têm diferentes finalidades. Eles podem ser realizados com objetivos terapêuticos, diagnósticos e de reconstrução. Em todos os casos, as cirurgias se mostram eficazes e importantes para o restabelecimento da qualidade de vida do paciente.
Abaixo, você encontrará uma lista com os principais riscos gerais associados aos procedimentos torácicos e formas de preveni-los:
1. Infecção
- Risco: infecção no local da incisão, pneumonia ou infecção hospitalar.
- Prevenção: uso de antibióticos profiláticos, higiene rigorosa no ambiente hospitalar e incentivo à respiração profunda no pós-operatório.
2. Sangramento
- Risco: hemorragia durante ou após a cirurgia.
- Prevenção: monitoramento cuidadoso da coagulação sanguínea antes da cirurgia e uso de técnicas cirúrgicas minimamente invasivas quando possível.
3. Tromboembolismo (coágulos sanguíneos)
- Risco: formação de coágulos nas pernas (trombose venosa profunda) que podem se deslocar para os pulmões (embolia pulmonar).
- Prevenção: uso de anticoagulantes, meias de compressão, movimentação precoce e fisioterapia respiratória.
4. Complicações pulmonares
- Risco: dificuldade para respirar, acúmulo de secreções ou atelectasia (colapso parcial do pulmão).
- Prevenção: exercícios respiratórios com espirometria, fisioterapia pulmonar e suspensão do tabagismo antes da cirurgia.
5. Lesão de nervos ou estruturas próximas
- Risco: danos aos nervos intercostais, vasos sanguíneos ou outros órgãos próximos.
- Prevenção: realização da cirurgia por uma equipe experiente e uso de tecnologia para guiar a precisão do procedimento.
6. Fístula brônquica
- Risco: comunicação anormal entre os brônquios e a cavidade pleural, levando ao vazamento de ar.
- Prevenção: técnica cirúrgica adequada, fechamento cuidadoso do brônquio e monitoramento pós-operatório rigoroso.
7. Reações à anestesia
- Risco: náuseas, vômitos, reações alérgicas ou complicações cardiovasculares.
- Prevenção: avaliação pré-anestésica completa e acompanhamento por anestesista experiente.
É importante destacar que todos estes riscos podem ser minimizados com a escolha de um cirurgião torácico especializado e de uma equipe multidisciplinar qualificada.
Além disso, a realização de um bom preparo pré-operatório também é essencial para evitar complicações e ter mais previsibilidade no resultado do procedimento, garantindo ao paciente uma recuperação mais segura.
Ao contar com um especialista treinado, é possível reduzir ainda os riscos relacionados a lesões em órgãos adjacentes, complicações pulmonares e problemas cardíacos.
Existe um Guia de Recomendações para Procedimento Cirúrgico Torácico. Neste documento, estão os principais cuidados relacionados à internação, ao preparo pré-operatório e aos cuidados pós-operatórios do paciente, a fim de promover uma recuperação rápida e adequada após o procedimento.
Entre as orientações, estão as listadas a seguir:
- No pré-operatório, é importante orientar que o paciente cesse o tabagismo, o consumo de álcool e indique ao médico seus medicamentos de uso regular.
- Na entrevista pré-operatória, o paciente deve apresentar todos os exames solicitados, como tomografias, ecocardiogramas, exames de sangue e prova de função pulmonar.
- A cirurgia torácica deve ser realizada com anestesia geral.
- Após o procedimento, o paciente pode ser direcionado à UTI ou à Semi-Intensiva por até 24 horas para monitoramento.
- Durante a internação, o paciente deve receber o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde e passar por exames laboratoriais e de imagem.
- Para uma recuperação mais rápida e redução no tempo de internação, o paciente deve passar por mobilização precoce e fisioterapia motora e ventilatória;
- Para controle da dor, a equipe deve administrar a correta analgesia.
- Após a alta hospitalar, o paciente precisa seguir as recomendações médicas, mantendo uma alimentação equilibrada, atividades leves, atenção aos horários indicados para tomar os medicamentos do receituário e retorno ao consultório para avaliação.
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