A cirurgia torácica pode ser feita para atender à necessidade de pacientes com Covid-19 em alguns casos específicos. Isso porque essa é uma doença que pode levar a quadros graves e fatais, tendo feito mais de 6 milhões de vítimas ao redor do mundo desde o início da pandemia, em 20 de março de 2020, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Nos casos mais complexos, a Covid-19 acomete diretamente o pulmão. Até o momento, a medida mais adotada para tratar esses pacientes é a terapia intensiva. No entanto, existem casos em que as pessoas se beneficiam de transplante de pulmão e drenagem torácica.
Vale dizer que o Brasil já realizou 8 transplantes de pulmão pós-Covid, procedimento indicado apenas para pacientes com complicações graves e com comprometimento irreversível do pulmão.
Já a drenagem torácica é feita quando ocorre concentração de ar no pulmão, que pode acometer indivíduos que precisam de ventilação mecânica, como acontece com muitos pacientes com Covid-19.
Seja qual for o caso, para saber se um paciente é candidato a uma cirurgia torácica, ele precisa ser examinado individualmente por especialistas experientes. Qualquer procedimento adotado deve ser avaliado por uma equipe multidisciplinar.
Transplante pulmonar em pacientes com Covid-19
O primeiro transplante pulmonar em paciente com Covid-19 foi realizado por médicos australianos. O procedimento foi realizado quando o paciente contraiu a doença e, após oito semanas, teve insuficiência respiratória completa.
O tratamento por ventilação artificial não estava mais apresentando resultados, e o paciente estava sendo mantido com bomba de oxigenação extracorpórea por membrana (ECMO).
Os outros órgãos estavam funcionando normalmente, mas não havia chances de os pulmões se recuperarem. Por isso, a equipe médica optou por fazer o transplante, e teve sucesso no resultado.
Outros casos de transplante pulmonar em pacientes com Covid-19 já foram realizados nos Estados Unidos, Áustria, Itália, Índia e no Brasil. Apenas indivíduos com insuficiência respiratória de etiologia infecciosa não devem fazer o procedimento.
Drenagem torácica
A drenagem torácica em pacientes com Covid-19 pode ser necessária nos casos em que há perda de pressão negativa. Com essa diminuição, pode acontecer a ausência da função pulmonar, que causa colapso no pulmão.
Além disso, também há o caso do hidrotórax, em que ocorre a presença de líquidos na região da cavidade pleural. Esses líquidos podem se acumular devido a infecções e até mesmo insuficiência cardíaca.
Outro caso que costuma demandar a drenagem torácica é quando ocorre a concentração de ar no pulmão, formando o chamado pneumotórax. Isso pode acontecer devido ao uso de ventilação mecânica ou presença de doenças pulmonares, por exemplo.
Já há estudos realizados por médicos no Brasil, em Belo Horizonte, sobre como esse procedimento deve ser feito em pacientes com Covid-19. Alguns cuidados são necessários para que o procedimento ocorra da melhor maneira.
Protocolos para a cirurgia torácica em casos de Covid-19
A intervenção cirúrgica em pacientes que estão com Covid-19 ou têm a suspeita da doença exige cuidados específicos, para minimizar os riscos de infecção. Alguns protocolos já são padrão nesses casos, inclusive com a adoção de procedimentos antes, durante e depois da cirurgia.
Para que o procedimento ocorra com segurança, todos da equipe de saúde devem estar treinados para lidar com o uso dos equipamentos de proteção individuais (EPIs). A adoção de máscaras, luvas, aventais, gorros, sapatilhas e óculos de proteção é indispensável.
A sala em que o procedimento cirúrgico vai ser realizado deve ser higienizada constantemente, tendo proteção nos equipamentos e frascos de medicação antes de o paciente entrar no ambiente. Os monitores da sala também devem ser cobertos com filme plástico.
Todo o material necessário para realizar a anestesia deve ser utilizado apenas para tratar pacientes com Covid-19.
O manuseio de instrumentos ou insumos também só deve ser feito por enfermeiro capacitado e protegido para isso. Esse procedimento ajuda a evitar a circulação desnecessária de vírus e bactérias no ambiente da cirurgia.
Para isso, também é recomendado que as portas da sala cirúrgica estejam fechadas, mas que a sala tenha circulação de ar. O aumento dos ciclos de ar pode ajudar a reduzir a carga viral desses ambientes.
Outro protocolo adotado é que a intubação deve ser feita com videolaringoscópio. Isso evita que o profissional da saúde precise realizar procedimentos mais complexos ou tenha que fazer repetição excessiva da manipulação das vias aéreas, o que aumenta as chances de contágio.
Cuidados após a cirurgia torácica
Após a cirurgia ser realizada, é preciso tomar outros cuidados. Quando o paciente sai da sala cirúrgica, por exemplo, é preciso que o transporte seja feito com corredores livres e profissionais preparados com EPIs.
Já os materiais utilizados no procedimento, que sejam descartáveis, devem ser embalados duplamente e descartados logo em seguida. A proteção dos equipamentos também deve ser trocada.
Na sala cirúrgica, é preciso fazer uma limpeza cuidadosa das superfícies, mesas e até mesmo do chão. O recomendado é que isso seja feito com solução desinfectante. Os EPIS também exigem limpeza com álcool 70%.
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