
Estamos presenciando um aumento expressivo no número de novos diagnósticos de doenças torácicas no mundo, com destaque para condições como câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica e tumores pleurais.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, a DPOC, por exemplo, é responsável por mais de 3 milhões de óbitos por ano, sendo a terceira causa mais frequente de morte no mundo.
Já o câncer de pulmão é o terceiro tipo mais comum em homens e o quarto em mulheres, com mais de 2 milhões de novos casos registrados no mundo todos os anos.
Esses números acendem um sinal de alerta: precisamos falar sobre doenças torácicas e alertar a população sobre os sinais que podem indicar problemas de saúde potencialmente graves.
É importante que as pessoas entendam que o tórax abriga órgãos vitais, como pulmões, coração, grandes vasos, esôfago e estruturas musculoesqueléticas que protegem e sustentam a respiração.
Qualquer alteração nessa região pode gerar sintomas que, muitas vezes, são interpretados como algo passageiro. No entanto, sinais aparentemente simples, como uma tosse persistente ou uma dor discreta no peito, podem indicar problemas importantes que exigem avaliação médica.
Por essa razão, preparamos este artigo, que tem como objetivo alertar sobre os principais sintomas que não devem ser ignorados e mostrar como a prevenção e o diagnóstico precoce contribuem para salvar vidas.
Por que prestar atenção aos sintomas torácicos?
Grande parte das doenças torácicas, como infecções respiratórias, doenças pulmonares crônicas e câncer, pode ter uma evolução silenciosa ou apresentar sinais sutis no início. Portanto, na maioria dos casos, é difícil reconhecer os sintomas e buscar ajuda médica precocemente.
Para que seja possível mudar essa realidade, é fundamental que os pacientes saibam identificar estes sintomas, a fim de evitar complicações e garantir um tratamento eficaz em estágios iniciais das doenças.
A atenção aos sinais de alerta funciona como um radar, pois ajuda a identificar o que pode ser algo benigno e autolimitado e aquilo que requer uma investigação rápida de um especialista.
Tosse persistente: quando se preocupar?
A tosse é um reflexo natural do corpo para eliminar secreções ou partículas que entram nas vias aéreas. Porém, quando ela persiste por mais de três semanas, é um sinal que não deve ser subestimado.
Em algumas situações, a tosse persistente pode indicar infecções pulmonares prolongadas, como pneumonia ou tuberculose, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), principalmente em fumantes e ex-fumantes, quadros de asma e até câncer de pulmão, especialmente em pessoas acima de 40 anos e com histórico de tabagismo.
Quando a tosse vem acompanhada de sangue (hemoptise), ela deve ser considerada um sinal de alerta máximo e investigada imediatamente.
Dor no peito: nem sempre é o coração
Quando pensamos em dor torácica, a primeira associação costuma ser o infarto. E, de fato, o coração é uma causa frequente e grave desse sintoma.
Mas a dor no peito também pode estar relacionada a doenças pulmonares e da parede torácica. Por isso, é importante ficar atento aos sinais.
Quando ocorre dor ao respirar fundo, o paciente pode estar com um quadro de pleurite, pneumonia ou embolia pulmonar.
Já a dor em aperto ou pressão, que se irradia para o braço esquerdo ou para a mandíbula, sugere uma origem cardíaca.
O importante é ter em mente que toda dor torácica deve ser levada a sério e investigada. Só uma avaliação médica, com exame físico e exames complementares, é capaz de diferenciar uma condição benigna de uma emergência.
Falta de ar: um sinal de alerta silencioso
A falta de ar (dispneia) é um dos sintomas mais incapacitantes e pode estar associada tanto a doenças respiratórias quanto cardiovasculares.
Neste caso, as principais causas do sintoma incluem quadros de asma e DPOC, que provocam crises de chiado, cansaço e tosse; a embolia pulmonar, geralmente acompanhada de dor no peito e palpitações; e a fibrose pulmonar.
Se a falta de ar surge de forma súbita ou se intensifica rapidamente, ela indica uma urgência médica. Nesta situação, a orientação é buscar um atendimento hospitalar rapidamente.
Outros sinais que não devem ser ignorados
Além dos sintomas principais, outros indícios também podem sugerir doenças torácicas e merecem investigação, como, por exemplo, rouquidão persistente, perda de peso inexplicada, febre prolongada e cansaço extremo sem motivo.
Não espere os sintomas desaparecerem sozinhos. Procure atendimento médico para uma avaliação, principalmente quando a tosse durar mais de três semanas e houver dor torácica persistente ou de forte intensidade.
Em todos os casos, o diagnóstico precoce faz toda a diferença, especialmente em condições como câncer de pulmão, tuberculose, embolia pulmonar e doenças cardíacas.
Como prevenir doenças torácicas?
A melhor forma de cuidar do tórax é adotar medidas preventivas no dia a dia, como: evitar o tabagismo e ambientes com fumaça, praticar atividade física regular para fortalecer pulmões e coração, manter vacinas em dia, adotar uma alimentação equilibrada e fazer check-ups regulares.
Vale lembrar que o tórax é uma área de fundamental importância. Portanto, em caso de tosse persistente, dor no peito e falta de ar, busque uma avaliação médica especializada!
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