Cirurgia Redutora do Volume Pulmonar
A cirurgia redutora do volume pulmonar é um procedimento que retira o tecido enfisematoso do pulmão e aumenta a sensação de bem-estar do paciente, diminuído a falta-de-ar.
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A cirurgia redutora do volume pulmonar é um tratamento indicado para doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), como o enfisema pulmonar grave. Apesar de não ser a cura dessa condição a cirurgia busca aumentar a qualidade de vida e a sensação de bem-estar do paciente.
Feito pela primeira vez em 1957, o procedimento marcou a área da cirurgia torácica moderna, pois é uma operação que reduz o volume pulmonar com técnicas complexas.
De acordo com a pesquisa “A cirurgia redutora do volume pulmonar no Brasil”, em nosso país, a cirurgia de redução do volume pulmonar foi realizada pela primeira vez apenas em 1997.
Atualmente, por conta da falta de centros especializados, eficácia medicamentosa e por opções de técnicas endoscópicas disponíveis, a quantidade de operações realizadas é baixa no país.
O que é a Cirurgia Redutora do Volume Pulmonar?
Também conhecida como pneumoplastia, a cirurgia redutora do volume pulmonar é um procedimento paliativo usado como tratamento para pacientes com enfisema grave. Essa operação consiste na remoção de todo o tecido enfisematoso que é resultado da doença degenerativa.
Contudo, é necessário ressaltar que a intervenção não é a cura dessa condição, ela proporciona mais bem-estar ao dia a dia do paciente, melhorando assim a sua qualidade de vida com a diminuição da falta-de-ar.
Normalmente, os pacientes que sofrem com enfisema grave possuem baixa capacidade de esforço em condições basais. Logo, o objetivo da intervenção é melhorar a função pulmonar do paciente, o que proporciona qualidade de vida e maior tolerância a exercícios físicos.
Entretanto, antes de realizar a pneumoplastia, é recomendável que os pacientes passem por um programa de reabilitação pulmonar e nutricional.
Esse programa é indicado como uma preparação para o procedimento, e promove mais independência no dia a dia, reduz a sensação de falta de ar e incentiva o condicionamento físico.
Quando a Cirurgia Redutora do Volume Pulmonar é indicada
Os critérios de indicação da cirurgia redutora do volume pulmonar são essenciais para a sua indicação e, posteriormente, para o sucesso do procedimento. Ela é indicada principalmente em casos de enfisema pulmonar heterogêneo, que não respondem adequadamente ao tratamento medicamentoso habitual.
Outros fatores para a indicação da cirurgia incluem a dispneia incapacitante, termo médico que se refere à falta de ar, que é a responsável pela piora no quadro físico do paciente.
A indicação também abrange a presença significativa de hiperinsuflação com rebaixamento do musculo diafragma.
É importante saber quais são os pacientes que não se adequam para a cirurgia redutora do volume pulmonar. A idade avançada e a desnutrição, são fatores que contraindicam a abordagem cirúrgica para esses pacientes.
Os critérios de contraindicação também incluem os pacientes hipersecretivos, com cardiopatia severa, hipertensão arterial de difícil controle e hipercapnia grave (concentração de dióxido de carbono muito elevado no sangue).
Por sua vez, pacientes com histórico de doença neoplásica ou que tenham passado por uma cirurgia torácica prévia não são candidatos para a cirurgia redutora de volume pulmonar.
Os médicos também não recomendam a intervenção para pacientes dependentes de ventilação mecânica.
Como a Cirurgia Redutora do Volume Pulmonar é feita
Essa intervenção consiste na técnica de ressecar áreas enfisematosas inativas.
Na operação, o cirurgião torácico retira os lobos ou segmentos pulmonares que se apresentam com enfisema pulmonar. A cirurgia pode ser feita de forma bi ou unilateral.
Ao ressecar o tecido pulmonar enfisematoso, a cirurgia faz a expansão adequada dos pulmões dentro da caixa torácica. A intervenção é capaz de melhorar o recuo elástico do pulmão e incentivar o funcionamento dos músculos respiratórios.
Dessa forma, o cirurgião remove o tecido danificado situado nos pulmões, melhorando assim a hiperinsulflação, promovendo o trabalho mais eficiente do músculo diafragma.
Na intervenção, as técnicas operatórias incluem a aplicação da anestesia geral no paciente e definição da via de acesso. O cirurgião pode optar pelas abordagens de esternotomia mediana e toracotomia bilateral.
O procedimento também pode ser feito por Videotoracoscopia (VATS) ou Cirurgia Robótica (RATS), tida como a alternativa mais recente e que permite incisões menores.
Riscos da Cirurgia Redutora do Volume Pulmonar
Semelhante a outros procedimentos torácicos, a cirurgia redutora do volume pulmonar envolve uma série de riscos para o paciente.
Um dos principais pontos negativos é a chance de mortalidade, que é maior nos primeiros 100 dias após a cirurgia. De acordo com o artigo “A Cirurgia de Redução de Volume Pulmonar e a Função Respiratória”, a taxa de mortalidade da CRVP se mantém entre 4 e 17%.
Além disso, a pesquisa informa que a variação da percentagem ocorre devido aos centros onde a cirurgia é executada, o grau de gravidade da doença e a experiência dos profissionais.
Existem investigações a respeito da durabilidade dos benefícios que são oferecidos pela operação, uma vez que a cirurgia redutora do volume pulmonar não altera o curso natural da doença em definitivo. Sendo assim, é importante pensar no fator custo-benefício antes da realização do procedimento.
A pneumoplastia também pode provocar insuficiência respiratória, pneumonia e empiema, que é a presença de pus no espaço pleural. Outro risco a ser considerado é a necessidade de reoperar o paciente.
Recuperação da Cirurgia Redutora do Volume Pulmonar
Ao passar por uma pneumoplastia, o paciente visualiza os resultados completos normalmente após 6 meses do procedimento.
O tempo de hospitalização no centro médico varia e depende da técnica cirúrgica empregada, expertise da equipe médica, grau de comprometimento da reserva respiratória, parte nutricional do paciente, complicações e comorbidades.
Obrigatoriamente, após a cirurgia, a reabilitação pulmonar e parte nutricional dos pacientes devem ser observadas e continuadas.
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