Timoma
Timoma é um tumor raro que se desenvolve no timo e apresenta graus diferentes de agressividade.
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Comum em pessoas com mais de 50 anos, o Timoma é um tumor raro que surge no timo.
O Timoma é um dos tumores que afeta a região torácica. Logo, é crucial que os pacientes se atentem aos sintomas para procurar por uma avaliação médica o mais rápido possível.
Apesar das causas do Timoma não serem identificadas com rigidez, ele tem sido associado com doenças autoimunes, principalmente a Miastenia Gravis
O que é o Timoma?
O Timoma é um tumor raro que surge no timo, uma glândula que fica atrás do osso esterno. O tumor acaba se desenvolvendo a partir das células residuais do órgão.
Esse tumor geralmente é benigno, ou seja, não se espalha para outros órgãos. Contudo, em pacientes com quadros raros, o tumor pode gerar metástases em outros órgãos do corpo. Nesses casos, ele é chamado de carcinoma tímico ou timoma maligno.
Situado no mediastino anterior, o timo tem origem da terceira e quarta bolsa da faringe. Essa glândula cuida da produção de glóbulos brancos, o conjunto de células que compõe o sistema de defesa do corpo contra infecções.
Mesmo que seja o tumor mais comum na região do mediastino anterior, o Timoma é considerado raro e possui um desenvolvimento lento. O Timoma pode ser separado em dois tipos: não invasivo e invasivo.
O tumor considerado invasivo afeta estruturas como a pleura, pericárdio, pulmão e os vasos que estão localizados no tórax. A doença também pode se disseminar na forma de metástases, quando acaba se espalhando além do mediastino e atinge outras áreas.
Sintomas e diagnóstico do Timoma
Os sintomas são sinais de como identificar a doença, por isso confira alguns considerados mais comuns:
- Tosse contínua;
- Dor na região do peito;
- Falta de apetite;
- Perda de peso;
- Dificuldade de respirar;
- Fraqueza;
- Dificuldade na deglutição.
Ademais, os tumores do timo são caracterizados por fazer pressão em outras estruturas da região torácica.
A glândula está localizada ao lado do principal vaso sanguíneo, a veia cava superior, responsável por transportar o sangue da parte superior do corpo e cabeça até o coração. Então, por fazer pressão na veia, o paciente pode sofrer de dores de cabeça e tontura.
A pessoa também pode notar que o rosto, parte superior do tórax e o pescoço estão mais inchados. Essa pressão também pode causar volumes visíveis nas veias.
A patologia é diagnosticada através do quadro clínico do paciente e de exames de imagem, como o RaioX de Tórax, Tomografia de Tórax, PET Scan ou Ressonância Magnética de Tórax.
Tratamento do Timoma
O tratamento mais adequado para o paciente é determinado pelo médico responsável. Ele pode depender de qual é o estágio do tumor e do tamanho da estrutura.
A opção habitual de tratamento é a remoção do tumor por meio da ressecção cirúrgica. A Timectomia é a operação que remove o timo e o tumor em conjunto, sendo tradicionalmente feita com uma incisão vertical no meio do tórax, chamada de esternotomia.
Contudo, também é possível usar uma abordagem menos invasiva para tratar o Timoma.
A primeira opção cirurgia é a videotoracoscopia, onde a toracoscopia está acoplada em um sistema com câmera para permitir a visualização da região.
Uma boa alternativa é a cirurgia robótica, um tratamento moderno e tecnológico que trata várias doenças que afligem a região torácica, incluindo o Timoma. Na operação, o cirurgião usa um robô para realizar os movimentos cirúrgicos com maior precisão.
A radioterapia é um tratamento realizado antes ou depois do procedimento cirúrgico. Quando é feita após a operação, ela tem o objetivo de remover as células do tumor que tenham restado na região. Mas, ela também pode ser feita antes da cirurgia, pois ajuda a reduzir o tamanho do tumor para possibilitar sua remoção.
Por fim, outra opção de tratamento é a quimioterapia. Ela é recomendada principalmente para quadros agravados nos quais existe a disseminação das metástases, ou até para diminuir o tamanho do tumor.
O médico também pode recomendar que os tratamentos sejam feitos em conjunto de acordo com o quadro do paciente. Após a realização da cirurgia, a pessoa deve passar por consultas regulares com o médico para analisar os efeitos colaterais.
Timoma tem cura?
Quando diagnosticado cedo, o Timoma possui um bom prognóstico e com tratamentos adequados as chances de cura do paciente são elevadas. Os casos de reincidência da doença também são potencialmente curáveis.
E, mesmo quando os tumores que são considerados inoperáveis e metastáticos, o processo de quimioterapia costuma atingir uma boa resposta clínica.
Recuperação do paciente com Timoma
A recuperação do paciente com Timoma depende do tratamento utilizado e das características como tamanho e extensão do tumor.
Na Timectomia, quando é usada uma técnica minimamente invasiva, a recuperação do paciente é rápida, já que ele permanece com um dreno torácico por cerca de dois dias no pós-operatório, sendo liberado quando está clinicamente bem e o instrumento é retirado.
Mas, quando o tumor é extenso, é indicado que o paciente seja encaminhado para a UTI, fazendo com que o tempo de recuperação da Timectomia seja maior.
A videotoracoscopia é um procedimento pouco invasivo, assim sua recuperação é pouco dolorosa e rápida. O pós-operatório não costuma durar mais do que uma semana, sendo indicado que o paciente não faça esforços físicos nesse período.
A chance de infecções no local de incisão também é consideravelmente menor, visto que o corte e a cicatriz são pequenos.
A cirurgia torácica robótica é outra opção de tratamento para remover Timomas na região do tórax. Executada com o auxílio de uma plataforma robótica, a cirurgia é um procedimento pouco invasivo e que proporciona um tempo de recuperação reduzido.
Segundo uma matéria publicada pela Revista Veja Saúde, houve um aumento de 60% no número de cirurgias robóticas entre os anos de 2017 e 2018, o que indica a tendência dessa cirurgia no tratamentos de várias doenças, incluindo Timoma.
Além de gerar menos dor no pós-operatório, esse procedimento também possui um tempo de internação mais curto e um baixo risco de complicações, como infecções e sangramentos no local da incisão.
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