
O Outubro Rosa se consagrou no mundo todo como um momento de reflexão, debate e prevenção, mas, além de tudo isso, a campanha também é um convite ao autocuidado e ao diagnóstico precoce do câncer de mama.
Esse é o momento do ano no qual todas as atenções se voltam ao entendimento do câncer, aos mutirões de mamografias e à disseminação de informações relevantes sobre a doença.
Aproveitando este gancho, a Cirurgia Torácica do Vale preparou esse artigo que trata não apenas do câncer de mama, mas também das metástases pulmonares decorrentes da doença, que exigem um tratamento multidisciplinar e o acompanhamento com um cirurgião torácico experiente.
Um estudo de 2023, publicado na revista científica Nature Cancer, mostrou que as células do câncer de mama, mesmo após um tratamento bem-sucedido, ficam adormecidas no organismo por um período que pode variar de 5 a 20 anos. Neste tempo, as células podem evoluir para metástase de pulmão.
Ainda segundo a pesquisa, conforme o corpo humano envelhece, há um aumento da proteína PDGF-C nos pulmões. Esta proteína seria determinante para indicar se as células inativas do câncer de mama permanecem adormecidas ou despertam, evoluindo para uma metástase.
Esse tipo de investigação e a divulgação de informações sobre a doença são extremamente importantes para a definição de estratégias de combate ao câncer em mulheres. Saiba mais sobre o assunto aqui!
Qual a relação entre câncer de mama e pulmão?
Há casos em que o câncer ultrapassa a área da mama e alcança outras regiões do corpo, como, por exemplo, os órgãos localizados no tórax.
Nesses casos, o olhar atento da equipe médica e o papel da cirurgia torácica são essenciais para o tratamento e o controle da doença.
O câncer de mama tem potencial de disseminação, ou seja, de enviar células tumorais para outros órgãos. Essa disseminação é chamada de metástase.
Isso acontece quando as células cancerígenas migram pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático, instalando-se em locais como ossos, fígado, cérebro, pulmões, pleura (membranas que revestem o interior do tórax) ou outros órgãos do corpo.
Estima-se que até 30% das pacientes com câncer de mama em estágios mais avançados apresentem metástases pulmonares ao longo da evolução da doença.
Vale dizer, no entanto, que essa não é uma sentença, mas sim uma nova fase do tratamento que requer estratégias combinadas, como quimioterapia, terapia alvo, imunoterapia e, em alguns casos, a cirurgia torácica.
O papel da cirurgia torácica no câncer de mama
A cirurgia torácica é uma especialidade médica que trata doenças que afetam o tórax, incluindo pulmões, pleura, parede torácica e mediastino.
No contexto do câncer de mama, a especialidade pode ser necessária em duas situações principais:
- No diagnóstico de metástase pulmonar ou pleural;
- Na ressecção de metástases pulmonares isoladas.
Quando há suspeita de metástase no tórax, como a presença de nódulos pulmonares em exames de imagem, a cirurgia torácica é fundamental para confirmar o diagnóstico.
Neste caso, a biópsia cirúrgica (por videotoracoscopia ou toracotomia) permite identificar se as lesões são realmente provenientes do câncer de mama ou se se trata de outro tipo de tumor. Essa distinção é essencial para definir o tratamento adequado.
Já na ressecção, ou remoção de metástases pulmonares isoladas, o procedimento pode aumentar o tempo de sobrevida e até oferecer uma chance de remissão prolongada para o paciente.
Em alguns casos, o próprio tumor de mama pode invadir a parede torácica, como as estruturas ósseas e musculares que ficam logo abaixo da mama. Isso ocorre principalmente em tumores localmente avançados.
Nessas situações, a cirurgia pode envolver a ressecção da parede torácica, com reconstrução imediata feita por cirurgiões plásticos ou torácicos, garantindo estabilidade e função respiratória, além de resultados estéticos satisfatórios.
Essas cirurgias são complexas, mas podem ser decisivas para o controle local da doença e para a melhora da qualidade de vida.
Tecnologia e segurança a favor da paciente
Felizmente, nos últimos anos, a cirurgia torácica evoluiu muito. A abordagem minimamente invasiva, por meio da videotoracoscopia (VATS) ou da cirurgia robótica, permite incisões menores, menos dor no pós-operatório, menor tempo de internação e uma recuperação mais rápida.
Essas técnicas garantem que, mesmo em situações delicadas, o tratamento seja o mais seguro e confortável possível para a paciente.
Além disso, o acompanhamento em centros especializados permite o uso de protocolos individualizados, levando em conta o tipo de tumor, os receptores hormonais e o estado clínico de cada mulher.
Converse com um especialista!
Para saber mais sobre metástases do câncer de mama e os tratamentos torácicos disponíveis, conheça o trabalho da Cirurgia Torácica do Vale, grupo formado por cirurgiões qualificados e com vasta experiência.
Aqui, você encontrará acolhimento, atendimento humanizado e profissionais atualizados. Entre em contato e agende uma consulta com os especialistas da Cirurgia Torácica do Vale!