Screening de câncer de pulmão
Conheça o procedimento que rastreia o câncer de pulmão em pacientes assintomáticos
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Como principal causa de mortes por câncer em todo o mundo, o câncer de pulmão é um dos tipos mais agressivos, quando não identificado precocemente.
De acordo com o INCA - Instituto Nacional de Câncer, a estimativa é que, a cada ano do triênio 2020/2022, tenham sido diagnosticados 30.200 novos casos de câncer de pulmão, traqueia e brônquios no Brasil.
Em estágios mais avançados da doença, o prognóstico do câncer de pulmão costuma apresentar uma taxa de sobrevida geral de 20,5% em cinco anos, o que não é um cenário positivo.
Entretanto, quando a doença é identificada em estágio inicial, a situação muda. É diante desse cenário que o screening de câncer de pulmão se destaca como uma técnica preventiva. Saiba mais!
O que é screening de câncer de pulmão?
O screening de câncer de pulmão nada mais é do que um termo estrangeiro usado para falar sobre o rastreamento da doença.
Este procedimento cumpre com o objetivo de diagnosticar o câncer em indivíduos assintomáticos.
Estes são tidos como de alto risco para desenvolver um tumor pulmonar, caso tenham mais do que 55 anos, sejam fumantes ativos ou ex-fumantes que tenham interrompido o consumo há menos de 15 anos.
Além disso, para quem tem histórico de câncer de pulmão na família, a técnica também é importante, pois ajuda na prevenção.
Como fazer o rastreamento de câncer de pulmão?
O rastreamento de câncer de pulmão é feito por meio de uma tomografia computadorizada de baixa dose de radiação, que consegue identificar lesões pulmonares que podem vir a ser cancerígenas.
Trata-se de um exame rápido e que não exige a realização de nenhum preparo prévio. O rastreamento de câncer de pulmão também não demanda o uso de contraste oral ou endovenoso.
No caso de um nódulo pulmonar suspeito ser identificado durante o exame, o encaminhamento mais provável é que se realize uma avaliação multiprofissional para definir o melhor modo de prosseguir com a investigação diagnóstica do paciente.
Questões como tamanho, densidade e número de nódulos pulmonares, caso encontrados, serão utilizadas para definir o intervalo de tempo para a realização de um segundo exame.
Quem deve fazer o screening de câncer de pulmão?
De modo geral, pessoas mais velhas e fumantes integram o público que deve apostar na realização de um screening de câncer de pulmão.
Nesse cenário, é interessante que todos os adultos com idade entre 50 e 80 anos e com história de tabagismo de 20 maços/ano realizem o exame e outros check-ups com frequência. Isso vale tanto para quem ainda é fumante quanto para pessoas que só pararam de fumar nos últimos 15 anos.
A relação maços/ano fala sobre o número de maços de cigarro consumidos ao longo do tempo, no qual se multiplica o número de maços fumados por dia pelo tempo de fumante.
Pessoas que têm uma carga tabágica acima de 30 maços/ano são consideradas de alto risco para o câncer de pulmão e, definitivamente, devem buscar o exame, mesmo que já não fumem mais.
Caso o consumo seja de produtos que não podem ser contabilizados por maço, como os cigarros eletrônicos, é importante que se avalie a carga de consumo e sua frequência para uma análise mais precisa.
De quanto em quanto tempo fazer o screening de câncer de pulmão?
Quando um nódulo é encontrado, independentemente de seu tamanho, a repetição do screening de câncer de pulmão deve ocorrer, no mínimo, de forma anual.
Para o caso da detecção de nódulos pulmonares de tamanhos maiores, este intervalo já se encurta, passando para 6 meses ou 3 meses o tempo entre um exame e outro.
Caso não se note mudança nos nódulos durante os exames, o prazo para a realização do rastreamento de câncer de pulmão volta a ser anual.
Qual médico realiza o screening de câncer de pulmão?
Para realizar o exame, geralmente é comum que se conte com a interação entre o cirurgião torácico e o médico pneumologista.
Por meio do programa, o especialista irá usar a tomografia para auxiliar no combate ao câncer de pulmão, tabagismo e outras doenças relacionadas com o consumo de cigarros e produtos semelhantes.
Já o pneumologista cumpre com um papel primário de importância fundamental, sendo o profissional que irá realizar o diagnóstico precoce da doença.
Os médicos também identificam pacientes que se enquadram no grupo de risco para a realização do rastreamento de câncer de pulmão e para o monitoramento de sintomas, sendo essenciais para o combate precoce da doença e prevenção do câncer.
Para conhecer mais sobre esta área de atuação, entre em contato com a equipe da Cirurgia Torácica do Vale!
Quais os principais sintomas do câncer no pulmão?
Até que a doença se dissemine, é comum que os pacientes com câncer de pulmão não notem a presença de quaisquer sintomas, por isso a importância de exames de rotina para identificar a doença em pessoas assintomáticas.
Já quando a doença se encontra em um estado mais avançado, é comum que os pacientes apresentem sintomas como:
- Dor no peito;
- Tosse seca, com expectoração mucosa ou com expectoração com sangue;
- Rouquidão;
- Perda de apetite;
- Perda de peso sem explicação aparente;
- Dificuldade para respeitar;
- Fadiga;
- Infecções de repetição.
Quando, infelizmente, o câncer de pulmão já se disseminou para outros órgãos, o paciente pode vir a sentir:
- Dores ósseas;
- Alterações em seu sistema nervoso;
- Amarelamento de suas mucosas e pele, chamada de icterícia;
- Aparecimento de nódulos próximos à superfície do corpo.
Câncer de pulmão tem cura?
Quando o diagnóstico da doença é feito de forma precoce, é possível dizer que sim, o câncer de pulmão tem cura.
Nos casos em que se encontra a presença de tumores nos estágios I e II, restritos à região do pulmão, costuma-se encaminhar os pacientes para uma cirurgia de remoção do nódulo. Nestes casos, a chance de recuperação completa é de até 70%.
Já em estágios mais avançados, é comum que se realize um tratamento de associação entre quimio, radioterapia e imunoterapia, com eventual intervenção cirúrgica. Entretanto, o índice de cura nesse cenário não chega a ultrapassar os 30%.
Tratamento para câncer de pulmão
Como dito anteriormente, as opções mais comuns para o tratamento de câncer de pulmão incluem a realização de quimioterapia, radioterapia torácica, imunoterapia e intervenções cirúrgicas de remoção de tumor, quando cabíveis.
Em adição, é comum que se receite alguns medicamentos para ajudar o paciente a lidar com os sintomas da doença.
A duração deste processo vai variar caso a caso, mas é comum que dure em média 1 ano, sendo que as sessões de quimioterapia, por exemplo, costumam ser feitas a cada 3 ou 4 semanas.
Lembrando que todo este processo deve ser acompanhado por médicos especialistas e experientes na área. Para um atendimento de qualidade, conte com os médicos da Cirurgia Torácica do Vale!
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