Cirurgia Torácica Minimamente Invasiva
A cirurgia torácica minimamente invasiva é uma técnica inovadora, desenvolvida graças ao avanço da tecnologia aplicada à medicina
Veja também: Cirurgia do Mediastino
A cirurgia torácica minimamente invasiva é um procedimento cirúrgico realizado com pequenas incisões no tórax, que podem variar de 1 a 4 cm, tornando o tratamento mais seguro e menos invasivo para o paciente. Entenda a técnica e seus benefícios neste artigo!
O que é cirurgia torácica minimamente invasiva?
O conceito de cirurgia torácica minimamente invasiva é bem amplo, mas é possível dizer que seu cerne é constituído pelo emprego de variadas técnicas que possibilitam a realização de operações com o menor risco possível para o paciente.
A cirurgia torácica faz parte de uma especialidade médica responsável pelas intervenções cirúrgicas que envolvem toda a área do tórax e do sistema respiratório, destinadas a fazer o tratamento de diversos tipos de doenças.
A técnica se diferencia das cirurgias torácicas tradicionais / convencionais em função do uso mais intensivo das novas tecnologias, em especial de recursos óticos nos quais pequenas câmeras são utilizadas durante as intervenções (cirurgia por vídeo - Videotoracoscopia).
Graças a esse tipo de procedimento, é possível executar cirurgias de grande porte com a realização de incisões mínimas, preservando os tecidos da caixa torácica. Quando comparado à técnica de cirurgia convencional / aberta, esse tipo de intervenção oferece menor trauma cirúrgico e consequentemente menos dor pós-operatória e menor tempo de recuperação para o paciente.
Quais são as vantagens da cirurgia torácica minimamente invasiva
De um modo geral, as cirurgias torácicas minimamente invasivas possibilitaram que os procedimentos cirúrgicos tivessem incisões menores e com menos agressão ao corpo do paciente. As técnicas são feitas por meio de robôs (RATS), videotoracoscopia, tecnologias 3D e outras inovações médicas.
Assim, várias cirurgias que há tempos eram realizadas por meio de uma grande abertura do tórax puderam passar a ser feitas através de pequenas incisões percutâneas ou endoscópicas. E isso, é claro, tem reduzido muito o tempo cirúrgico e anestésico, podendo ser realizada com doses bem menores de medicação anestésica.
O ganho, nesses casos, também se relaciona a uma grande facilitação da recuperação do paciente, que sente muito menos dor do que acontecia nas técnicas mais antigas, e ainda fica com cicatrizes bem mais discretas, proporcionando um benefício estético.
No caso de cirurgias em cavidades, como a que ocorre em toda a caixa torácica (incluindo, então, os tecidos, ossos, músculos, brônquios, pulmões, mediastino, pleuras e traqueia), esse avanço tecnológico permitiu que os procedimentos passassem a ser feitos com ainda mais segurança, gerando um impacto muito positivo para o paciente.
Esse impacto, por sua vez, vai muito além de questões estéticas, já que a adoção desse tipo de procedimento tem gerado menos chances de infecções, de dor aguda, de problemas no sistema imunológico e de reações inflamatórias. Além disso, a recuperação passa a ser mais rápida e o paciente consegue voltar para suas atividades cotidianas mais facilmente.
Quando a cirurgia torácica é indicada?
A cirurgia torácica minimamente invasiva, de um modo geral, trata das intervenções no tórax (tecidos, ossos e músculos) e no sistema respiratório (traqueia, brônquios, pulmões, pleuras e mediastino). Seu uso abrange uma série de procedimentos, que incluem desde operações simples até o tratamento de cânceres mais complexos.
Sua indicação mais exata vai depender basicamente do diagnóstico médico e de exames prévios que indiquem a necessidade de intervenção. A técnica é especialmente usada para o tratamento de neoplasia pulmonar, que é o segundo tipo de câncer mais comum no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Os novos tipos de intervenção menos invasivos são mais efetivos quando o tumor ou a doença está em estágios iniciais, e podem ser muito úteis quando a condição clínica do paciente cria restrições para a realização de intervenções maiores. Isso acontece geralmente em virtude de deficiências do coração ou pulmonares.
Na maioria dos casos, podemos notar que as cirurgias torácicas podem ser indicadas para pacientes com:
- Câncer de pulmão
- Metástases Pulmonares
- Pneumotórax
- Derrame pleural
- Tumores do Mediastino
- Nódulos pulmonares
- Hiperidrose localizada
- Correção de Deformidade Torácica
- Cirurgia Redutora do Volume Pulmonar
- Cancer de Esôfago
Para quem esse tipo de cirurgia não é indicado?
A cirurgia torácica, de um modo geral, segue as contraindicações das cirurgias tradicionais, principalmente no que diz respeito aos pacientes com problemas de coagulação, esquemia cardíaca aguda, instabilidade nos órgãos, insuficiência dos órgãos, distúrbio hemorrágico não corrigido ou enfisema pulmonar grave.
De que outras maneiras a cirurgia torácica podem também serem feitas?
As cirurgias abertas / convencionais: são realizadas basicamente de duas maneiras diferentes: Toracotomias e Esternotomias (incisão esternal separadora).
No primeiro tipo, o procedimento necessitava de uma incisão intercostal (lateral D ou E) de cerca de 15 cm, utilizando um afastador de costelas para atingir as estruturas da cavidade pleural e/ou mediastinal.
Já o segundo tipo é mais utilizado para doenças relacionadas ao mediastino.
No caso das técnicas mais modernas e pautadas pelo uso de tecnologia de ponta, há a possibilidade de esse tipo de cirurgia ser feito com tecnologia robótica, que permite uma visualização mais clara dos tecidos em 3D e ainda favorece uma maior precisão no manejo dos tecidos. Essa opção, no entanto, apesar de segura e eficaz, ainda possui um custo elevado e são realizadas somente em centros de referência.
Como é a recuperação desse tipo de cirurgia?
De um modo geral, a recuperação da cirurgia torácica é progressiva. Via de regra, é recomendado que o paciente guarde 15 dias em repouso, evitando em todo esse período atividades como dirigir e trabalhar. Já a prática de exercícios físicos só costuma ser liberada após 30 dias.
A internação do paciente, por sua vez, dura em geral por volta de 5 dias, mas esse período pode ser aumentado no caso de ter havido necessidade de procedimentos mais invasivos. Em todos os casos, no entanto, é fundamental que o paciente siga as prescrições médicas quanto ao uso de antibióticos para evitar infecções, além de respeitar o período prescrito de descanso e cuidar de manter uma alimentação equilibrada.
Em alguns casos, pode inclusive haver recomendações mais específicas de acordo com as necessidades do paciente.
É importante ressaltar que os cuidados pós-cirúrgicos, também no caso das cirurgias minimamente invasivas, devem ser levados muito a sério. Afinal, são eles que evitam as principais complicações que podem ocorrer nesse período.
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