Cirurgia do Mediastino

A cirurgia do mediastino é feita para tratar problemas no mediastino, uma região do corpo localizada na caixa torácica, entre os pulmões.

Veja também: Miastenia Gravis

Cirurgia do Mediastino
Cirurgia do Mediastino. Foto: Anna Shvets | Pexels

A cirurgia do mediastino quando bem indicada costuma ser muito efetiva para tratar tumores nessa região, podendo ou não ser associada com a quimioterapia e/ou radioterapia, dependendo do diagnóstico.

Essa cirurgia também pode ser recomendada para auxiliar no tratamento de miastenia gravis, quando é indicado a retirada cirúrgica do timo, para se alcançar um melhor controle farmacológico do quadro de base do paciente.

Sintomas mais comuns para uma Cirurgia do Mediastino

No mediastino há inúmeras estruturas importantes, timo, gânglios mediastinais, nervos, esôfago, coluna, tireoide intratorácica, coração, vasos e etc.... Por isso mesmo, um tumor nesta região pode gerar diferentes sintomas, como a dificuldade de respiração, de engolir e etc...

Nos casos de tumor no mediastino, os sintomas mais comuns podem incluir:

  • Alteração na respiração e na capacidade de engolir
  • Tosse seca
  • Perda de peso
  • Febre acima de 38 graus
  • Cansaço excessivo

Já nos casos de miastenia gravis, os principais sintomas são fraqueza muscular na região dos braços e pernas, ocorrência de visão dupla, queda das pálpebras e problemas para falar, engolir e mastigar. Nos casos em que o pulmão é afetado, ocorre um quadro mais delicado de insuficiência respiratória, conhecida como crise miastênica.

Como é feito o diagnóstico no Mediastino?

O diagnóstico é feito a partir de exames pedidos por médicos especialistas, que geralmente fazem esse pedido após o aparecimento de alguns dos sintomas citados acima.

No caso do câncer, os exames podem ser de ressonância magnética ou tomografia computadorizada, por exemplo, e também são muito importantes para tentar mapear com o máximo de exatidão qual seria o tratamento mais adequado e também a causa do surgimento do tumor.

Já no caso da miastenia gravis, os principais exames usados para diagnóstico da doença e do seu nível de gravidade são a eletroneuromiografia, os exames de sangue e ainda a tomografia do tórax.

Possíveis causas de um tumor no Mediastino

Há algumas possíveis causas que podem levar ao aparecimento do câncer no mediastino, embora isso dependa bastante da região afetada pelo tumor. Podemos citar, no entanto, as seguintes:

  • Metástase de outro câncer, principalmente metástase na mama ou metástase pulmonar
  • Doença linfoproliferativa (Linfomas)
  • Tumores neurogênicos ou no timo
  • Bócio
  • Cisto no coração

Já os casos de miastenia gravis, que é uma doença autoimune, surgem basicamente por uma disfunção do sistema imunológico.

Passo a passo da Cirurgia do Mediastino?

A cirurgia do mediastino é feita por profissionais especializados em cirurgia torácica, e ela se dá após uma biópsia (veja: Mediastinoscopia e Biópsia Transtorácica) e um exame de anatomia patológica, para que se possa compreender totalmente qual é o estado em que se encontra o tumor e para saber se o paciente é apto para esse procedimento.

A cirurgia torácica, então, é feita por um conjunto de médicos - que vão desde especialistas nesse tipo de operação, até oncologistas, infectologistas, pneumologistas, cardiologistas, radioterapeutas e anestesiologistas. (Veja: Cirurgiões Torácicos)

Atualmente, a cirurgia torácica minimamente invasiva é feita com o uso de vídeo - Videotoracoscopia (VATS) - ou robôs - Cirurgia Torácica Robótica (RATS). Quando a mesma é realizada pela técnica convencional (aberta), ela geralmente segue o método da incisão esternal separadora, que é feita quando se deseja acessar ambos os pulmões do paciente

O uso da tecnologia faz toda diferença nesse caso, pois é capaz de fazer com que a cirurgia torácica seja bem menos invasiva e apresente menos riscos para os pacientes. Quando bem sucedida, é preciso apenas poucos dias de recuperação no hospital e é previsto um rápido retorno para as atividades cotidianas.

Para quem é indicada a operação do mediastino?

A cirurgia de mediastino é indicada para pacientes que tenham tumores do mediastino e também para os portadores de miastenia gravis. Dentre os tumores do mediastino, o timoma é o mais frequente. No caso de pacientes portadores de miastenia, a cirurgia consiste na retirada do timo, reduzindo bastante a atividade da doença.

A indicação desse tipo de cirurgia, no entanto, ainda depende da idade do paciente e dos resultados dos exames pedidos pelo médico. Na maioria dos casos, o câncer nessa região ocorre em pessoas entre 30 e 50 anos. Há também casos em que esse tumor atinge crianças, sendo geralmente neoplasias malignas nessa situação.

De modo geral, é possível notar que a ressecção cirúrgica pode ser o tratamento mais adequado para um grande número de casos de aparecimento de tumor. E ela também é indicada quando a quimioterapia / readioterapia já foi realizada, mas, mesmo assim, foi constatada uma permanência de massa tumoral após esse primeiro tratamento.

Já a miastenia gravis tem dois picos principais de incidência: na população entre 20 e 30 anos de idade, principalmente no sexo feminino; e nas pessoas acima dos 60 anos, atingindo igualmente ambos os sexos. Pesquisas indicam que apenas 10% dos casos são diagnosticados na infância.

É importante notar, no entanto, que no caso da miastenia, a indicação de cirurgia só se dá para o tratamento dos casos mais graves da doença, já que nos casos mais leves o tratamento tende a ser apenas medicamentoso. De todo modo, por se tratar de doença autoimune, o tratamento deve ser realizado por toda a vida.

Como é a recuperação da cirurgia do mediastino?

Esse tipo de pergunta geralmente interessa bastante aos pacientes, mas de fato a resposta depende bastante do quanto a cirurgia foi invasiva. Com os meios mais adequados utilizados, é possível que o paciente possa ficar apenas poucos dias internado, levando mais tempo para os casos que exigiram uma cirurgia mais complexa.

Geralmente também se recomenda um repouso de cerca de 15 dias após a cirurgia, enquanto os exercícios físicos devem ser retomados somente após 30 dias. Em todo caso, é importante seguir as recomendações médicas quanto a isso.

De todo modo, com as novas tecnologias existentes passou a ser possível realizar a cirurgia torácica de forma mais segura e menos invasiva. Com isso, ela passou a requerer um menor tempo de anestesia, gerando também menos chances de infecções e menos sangramento.

E a recuperação, nesse contexto, se tornou bem mais tranquila. Para mais informações, procure um médico especialista de sua confiança!

Veja também: Simpatectomia: como funciona a cirurgia para hiperidrose

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